Logo cedo, foi divulgado o resultado do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) medido pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe/USP) que acelerou na segunda quadrissemana de maio muito mais que a expectativa dos analistas e cravou 0,89% (a estimativa era de 0,74%). Já o Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) registrou alta de 1,54% na segunda prévia de maio, em linha com as expectativas do mercado.
O relatório da SulAmérica Investimentos ressalta que sem alívio pelo lado da atividade econômica e com a piora adicional no cenário da inflação, o atual ciclo de aperto monetário poderá exigir ajuste mais intenso na taxa de juros do que o projetado anteriormente. No entanto, a possibilidade de o governo gerar superávits fiscais primários acima da meta oficial (3,8% do PIB) e a elevação dos compulsórios bancários poderá auxiliar os esforços da política monetária, atenuando o grau de aperto necessário para manter as expectativas inflacionárias ancoradas.
Na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F) a terça-feira foi de volatilidade com os agentes financeiros preocupados com o rumo da inflação e com os juros. Os contratos de Depósitos Interfinanceiros (DI) fecharam sem direção única. O DI de janeiro de 2010, o mais líquido, fechou com juro anual de 14,26%, mesmo do ajuste anterior. Julho deste ano apontou taxa de 11,94%, ante 11,91% do ajuste da véspera.
(Maria de Lourdes Chagas - InvestNews)