O coordenador de Planejamento Estratégico do Mapa, José Garcia Gasques, explica que este incremento na renda é devido ao aumento de produção e de preços dos produtos. A produção de grãos cresceu 7,2 % em relação ao ano passado e os preços recebidos pelos agricultores, neste ano, estão em um patamar superior aos do ano passado. No oitavo levantamento da safra agrícola da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), vinculada ao Mapa, a estimativa foi de 142,1 milhões de toneladas de grãos.
A soja continua puxando a estimativa de renda para cima, de R$ R$ 31,8 bilhões em 2007 para R$ 42,3 bilhões este ano. Já o desempenho do milho foi de R$ 25,3 bilhões. A cana está cotada em R$ 17,6 bilhões. Os produtos que mais aumentaram a renda foram o feijão (95%), o café (48,23%), a cebola (40%), o amendoim (39,27%), o milho (35,2%), a soja (33%), o trigo (19,8%) e a laranja (13,6%). Entre os produtos que devem ter queda acentuada na renda deste ano estão a uva (-47,81%), a pimenta (-26,62%), o tomate (-21,73%) e a cana-de-açúcar (-14,65%).
As informações por região mostram que a maior renda agrícola em 2008 deve ocorrer no Sudeste com R$ 45,4 bilhões, seguido pelo Sul (R$ 42,4 bilhões) e Centro- Oeste (R$ 32,3 bilhões). Em relação ao ano passado, o maior aumento de renda deverá ocorrer no Centro-Oeste. A região Norte tem uma ligeira queda de renda, enquanto o Nordeste apresenta crescimento em comparação a 2007.
A renda agrícola é calculada pela multiplicação do volume de produção da safra agrícola pelo preço recebido pelos produtores nas principais praças do País. O valor real da renda, descontada a inflação, é obtido pelo Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI), da Fundação Getúlio Vargas (FGV). O valor de desempenho da agricultura sinaliza para o mercado o comportamento e a tendência das commodities.
(Redação - InvestNews)