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IGP-10 dentro do esperado contribui para queda das taxas

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SÃO PAULO, 15 de maio de 2008 - As projeções de juros embutidas nos contratos de Depósitos Interfinanceiros (DI) negociados na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F) apontam queda na primeira etapa do dia decorrente do resultado dentro do esperado do Índice Geral de Preços - 10 (IGP-10). O DI de janeiro de 2010, o mais líquido, apontava taxa anual de 14,29% ao ano, ante 14,40% do ajuste anterior.

Logo cedo, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) informou que o IGP-10 registrou elevação de 1,52%, em maio, ante valorização de 0,45% em abril. O resultado ficou dentro do intervalo estimado pelo mercado (0,90% a 1,70%), não confirmando os boatos de que poderia chegar perto dos 2%.

Outra notícia considerada positiva pelos investidores foi o anunciou do governo ontem à noite sobre a suspensão, até o final do ano, da cobrança do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) sobre o pão francês, trigo e farinha. Por outro lado, profissionais ressaltam que a medida é importante, porém, não tem forças para conter a inflação no curto prazo.

Enquanto isso a atividade continua fortalecida. As vendas no varejo em março de cresceram 1,8% em relação a fevereiro e de 11,4% comparativamente a março de 2007. Os resultados ficaram dentro das expectativas dos analistas de mercado.

Diante de um cenário onde a inflação segue pressionada e a atividade continua aquecida, as apostas de aumento de 0,75 ponto percentual da Selic, fixada em 11,75% ao ano, na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) que acontece nos dias 3 e 4 de junho, ganham forças. Mas, a maioria dos profissionais ainda aposta em um alta de 0,50 ponto.

(Maria de Lourdes Chagas - InvestNews)