O índice Nikkei 225 de Tóquio registrou alta de 0,94%, para 14.251,74 pontos. O indicador Kospi de Seul avançou 2,27%, para 1.885,71 pontos. Em Hong Kong, o índice referencial Hang Seng caiu 0,08%, para 25.513,71 pontos. Já na China, o indicador Xangai Composto perdeu 0,55%, para 3.637,32 pontos.
Os investidores asiáticos acompanharam ontem a divulgação de indicadores nos Estados Unidos. O Departamento do Trabalho publicou o Índice de Preços ao Consumidor dos Estados Unidos (CPI, na sigla em inglês), que registrou avanço de 0,2% em abril, ante alta de 0,3% registrada em março. O indicador veio abaixo do esperado pelo mercado, que projetava uma alta de 0,3%.
O dado de inflação sinalizou a possibilidade do Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano) reduzir novamente a taxa básica de juros, atualmente fixada em 2% ao ano, para estimular a economia e acalmar as tensões nos mercados financeiros.
A notícia animou os investidores asiáticos, que aproveitaram o dia para comprar ações da Sony, segunda maior fabricante de produtos eletrônicos do mundo. Os papéis da companhia fecharam o dia com alta de 8,66%, após a empresa ter anunciado ontem que seu lucro líquido triplicou no ano fiscal de 2007, para 369,44 bilhões de ienes (US$ 3,524 bilhões).
O bom resultado da Sony também incentivou os ganhos de outras companhias do setor. Os títulos da Canon avançaram 1,08%, enquanto os da LG Electronics cresceram 5,81% e as ações da Samsung Electronics subiram 3,52%. Os investidores projetam que estas empresas também registrarão balanços positivos, apesar da desaceleração na economia dos Estados Unidos e a valorização da moeda nipônica. No mercado de divisas de Tóquio, o dólar encerrou o dia cotado a 104,80 ienes, contra 105,14 ienes da última sessão.
As preocupações com a pressão inflacionárias nas economias da Ásia diminuíram após o recuo do barril de petróleo norte-americano, abaixo do recorde de US$ 126,98 registrado na última terça-feira. A queda nos preços do petróleo é atribuída ao avanços nos estoques da commodity nos Estados Unidos e a notícia de que o Irã não pretende reduzir suas exportações.
(Marcel Salim - InvestNews)