O economista da Geração Futuro Corretora, Gustav Gorski, ressalta que o clima de incertezas em relação ao fundo soberano contribuiu para pressionar a curva de juros futuros. "Até o momento não foi esclarecido para os investidores quais os critérios de investimentos e intenção deste fundo", friza. "Mas vale ressaltar, que os dados de inflação nos Estados Unidos vieram hoje mais suaves e isso também influenciou na curva, pois, com inflação controlada o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) tem condições de manter a taxa de juros, sendo assim, diminui as incertezas de diferencial de juros internos e externos", explica o economista.
Em relação à inflação brasileira, Gorski comenta que o cenário ainda é de preocupação, embora o preço dos alimentos continue em alta, puxado pela cotação das commodities agrícolas no cenário internacional, outros itens ganharam espaço de vilão da inflação. São os produtos industrializados que refletem a elevação do preço do petróleo, aço e ferro no mercado externo.
Na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F) as projeções de juros embutidas nos contratos de Depósitos Interfinanceiros (DI) fecharam em alta. O DI de julho que sinaliza a expectativa da reunião do Copom do próximo mês, já precifica um aumento de 0,75 ponto da Selic. Este contrato apontava taxa anual de 11,92%, ante 11,88% do ajuste anterior. O DI de janeiro de 2010, o mais líquido, subiu de 14,19% para 14,40% ao ano.
No front externo, foi divulgado o resultado do Índice de Preços ao Consumidor dos Estados Unidos (CPI, na sigla em inglês) que registrou avanço de 0,2% em abril, ante alta de 0,3% registrada em março. O indicador veio abaixo do esperado pelo mercado que era uma alta de 0,3%.
(Maria de Lourdes Chagas - InvestNews)