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Clima segue favorável e dólar recua

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SÃO PAULO, 13 de maio de 2008 - As últimas notícias do âmbito macroeconômico colaboram para um clima positivo. No fim da manhã, o dólar comercial cedeu 0,18%, cotado a R$ 1,660 na compra e R$ 1,662 na venda. O mercado recebeu bem a informação de que os recursos que vão compor o fundo soberano virão do superávit primário, o que ajudaria o Banco Central a evitar um aperto mais forte na política monetária. Por isso, comenta-se no mercado que o governo deve aumentar a meta do superávit primário dos atuais 3,8% do PIB para 4,5% a 5% do PIB.

Os detalhes sobre a composição do fundo soberano serão dados hoje, às 15 horas, pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega. "A entrevista pode estressar somente se o ministro sinalizar que o governo pode ir ao mercado para formar essas reservas" comentou um profissional.

Mas segundo a AGK Corretora, a expectativa de aumento dos ingressos financeiros por conta do alto diferencial dos juros à favor dos praticados no Brasil em meio ao baixo risco de se aplicar no pais deve limitar o espaço para desvalorizações mais acentuadas do real ante o dólar. Mantendo suas atuações diárias, o BC comprou dólares no mercado à vista a uma taxa média de R$ 1,6630.

Em Wall Street, as bolsas inverteram o sinal de alta, após repercutir os dados de vendas no varejo abril e a continuidade do movimento de baixa do petróleo e passaram a cair. As vendas recuaram 0,2% conforme o previsto, mas o declínio refletiu uma queda na indústria automotiva, enquanto a demanda aumentou em muitos setores.

De acordo com o presidente do Fed, Ben Bernanke, as condições no mercado de crédito e financeiro melhoraram, mas ainda estão longe do normal. Para Bernanke, ainda há pressão de demanda por crédito no curto prazo e o Fed está pronto para elevar os montantes dos leilões de crédito emergencial, caso seja necessário.

(Simone e Silva Bernardino - InvestNews)