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Ásia em alta; Terremoto prejudica negócios na China

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SÃO PAULO, 13 de maio de 2008 - Com exceção de Xangai, as principais praças acionárias da Ásia fecharam em alta nesta terça-feira, impulsionadas pelas ações do setor financeiro, após a diminuição dos temores relacionados com a crise no mercado de crédito subprime ou de alto risco. Os recuos nos preços do petróleo também colaboraram para os ganhos na região, apesar da commodity ter registrado ontem um novo recorde.

O índice Nikkei 225 de Tóquio subiu 1,53%, para 13.953,73 pontos. O indicador Kospi de Seul avançou 1,04%, para 1.842,80 pontos. Em Hong Kong, o índice referencial Hang Seng subiu 1,95%, para 25.552,77 pontos.

Já na China, o indicador Xangai Composto caiu 1,84%, para 3.560,24 pontos, prejudicado pela suspensão da negociação de ações de 66 companhias nas bolsas locais, afetadas pelo terremoto que atingiu ontem a região de Sichuan e do município vizinho de Chongqing.

Os investidores asiáticos continuam preocupados com as pressões inflacionárias sobre as economias da região, causadas pelas altas nos preços dos alimentos e do petróleo. Por outro lado, os temores com a inflação foram hoje amenizados por dados que sinalizaram uma queda nas importações de petróleo na China.

Nas operações eletrônicas da Ásia, o barril norte-americano encerrou o dia cotado a 123,90, registrando queda de US$ 0,32 em comparação ao último fechamento em Nova York, apesar do recorde de US$ 126,40 registrado na segunda-feira.

Destaque na Ásia para as ações do setor financeiro, impulsionado pela notícia de que o lucro líquido do HSBC no primeiro trimestre de 2008 está em linha com o registrado em 2007, impulsionado principalmente pelas suas operações nos países asiáticos.

Entre os bancos da região, as ações do Mitsubishi UFJ Financial subiram 0,65%, enquanto as do Mizuho Financial avançaram 2,75%, beneficiadas pela notícia de que a MBIA, a maior seguradora de bônus dos Estados Unidos, prevê recuperação do seu volume de negócios, afetado anteriormente pela crise no setor imobiliário dos EUA.

Na Austrália, a informação de que os bancos Westpac e o St. George, quarta e quinta maiores instituições financeiras do país, respectivamente, chegaram a um acordo para fusão das duas entidades, também impulsionou as ações do setor financeiro. Caso concretizada, a fusão dará origem ao maior banco australiano. Os títulos do St. George dispararam 25,22%.

A divulgação de lucros corporativos deve mexer amanhã com os negócios na Ásia. No Japão, após o fechamentos dos mercados locais, a Nissan Motor, terceira maior montadora nipônica, anunciou um aumento de 7,4% no lucro líquido do ano fiscal de 2007/2008, encerrado no dia 31 de março, para 482,3 bilhões de ienes (US$ 4,22 bilhões), em relação ao ano fiscal anterior.

A Tokyo Electron, segunda maior fabricante mundial de equipamentos semicondutores, divulgou hoje um recuo de 18% no lucro líquido do último trimestre do ano fiscal 2007/2008, encerrado em 31 de março. Já a fabricante de produtos eletrônicos Pioneer anunciou perdas líquidas de 17,99 bilhões de ienes (US$ 173 milhões) no ano fiscal 2007/2008. O prejuízo é atribuído aos maus resultados nas vendas de seu segmento de telas planas de televisão, e no mau desempenho da empresa no setor de DVD.

(Marcel Salim - InvestNews)