Logo cedo, o banco suíço UBS divulgou ao mercado prejuízo líquido próximo a US$ 11 bilhões, em função de perdas relacionadas ao mercado imobiliário nos EUA. E para enfrentar a crise, a instituição anunciou a demissão de 5,5 mil funcionários, bem como a alienação de US$ 15 bilhões em ativos hipotecários. Além disso, uma das principais agências concessoras de crédito imobiliário nos EUA, a Fannie Mae, informou perdas próximas de US$ 2,2 bilhões no trimestre.
Segundo profissionais, a ascensão do dólar também reflete os movimentos de ajuste de posição depois que a moeda caiu ao menor nível desde maio de 1999, na semana passada, com a conquista pelo País do grau de investimento. Nos últimos três dias, a divisa norte-americana acumula 2,7% de perdas sobre o real.
Para a consultoria LCA, a antecipação de receitas de exportação e a postergação de pagamentos de importação, o que faz com que o comércio exterior continue produzindo grande entrada líquida de divisas, e as entradas de capital - que receberam estímulo adicional com a obtenção de investment grade, mantêm a tendência de valorização do real, que deve fechar o ano em R$ 1,60. Para 2009, a consultoria estima cotação de R$ 1,55 no fim do período. No boletim Focus divulgado ontem, as projeções são de R$ 1,74 em 2008 e R$ 1,80 para o término do próximo ano.
(Simone e Silva Bernardino - InvestNews)