O selo, lançado em 2000, foi criado para dificultar a constante falsificação de derivados do leite de búfala, presentes em muitas prateleiras, sobretudo como queijo. A certificação é conferida ao produtor, após inspeção dos estabelecimentos e fiscalização dos produtos colocados à venda, para classificar que o queijo ou demais derivados comercializados como provenientes de bubalinos, são livres de substâncias químicas branqueadoras ou de misturas com outros tipos de leites.
Para os fabricantes da muçarela de búfala, falsificações desse tipo de queijo causam um prejuízo para os produtores que segue os padrões italianos de pureza. Para conseguir as propriedades que só o produto genuíno de búfala apresenta, o custo de produção chega a ser de 80% a 100% maior que o da muçarela comum, feita com leite de vaca.
E para o consumidor, a vantagem ao adquirir um produto feito com 100% de leite de búfala, garante as propriedades nutritivas especiais, como maior concentração de proteína e menor índice de colesterol. Segundo a ABCB, muitos consumidores estão sendo prejudicados pela falta de informação e chegam a consumir, como muçarela de búfala pura, produtos adulterados com até 75% de leite de vaca.
A associação também prevê que, com a crescente procura pelo selo de qualidade por parte dos produtores, haverá uma maior profissionalização na elaboração e comercialização do produto. Outro fato importante é que a industrialização do leite de búfalas nos estabelecimentos que adquiriram o selo apresentou um crescimento médio superior a 30% desde as adesões ao selo.
A bubalinocultura é hoje um mercado em expansão para novos investidores. Há cerca de 3,5 milhões de cabeças de búfalo no Brasil, contra os 150 milhões de bovinos, e estima-se um crescimento de 3% a 5% ao ano. Atualmente, a produção de leite de búfalas no Brasil cresce cerca de 30% ao ano, segundo a ABCB.
(Redação - InvestNews)