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Operação pode movimentar 44% das empresas

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SÃO PAULO, 24 de abril de 2008 - Apesar da atual turbulência nos mercados financeiros mundiais, 44% das empresas privadas de capital fechado do mundo pretendem crescer por meio de aquisições nos próximos três anos, revela o International Business Report (IBR), produzida pela Grant Thornton International, representada no Brasil pela Terco Grant Thornton. E 23% dessas empresas pretendem fazer aquisições internacionais. A pesquisa mostra que, para essas companhias, as fusões e aquisições locais e internacionais são importantes ferramentas estratégicas para impulsionar o crescimento.

Entre os empresários brasileiros, este número cresce para 64%. O Brasil é o segundo país da lista, atrás apenas da China (67%). Dos 64% dos empresários que pretendem fazer aquisições, 91% acreditam que expandirão seus negócios adquirindo uma empresa nacional.

'A pesquisa também mostra que aproximadamente 30% das empresas brasileiras planejam abrir o capital nos próximos 3 anos', afirma Rogério Villa, sócio da Terco Grant Thornton, uma das auditorias que mais cresce no Brasil. Os brasileiros ocupam o quarto lugar da lista, atrás da China (60%), Índia (37%) e Malásia (37%).

No total, o IBR ouviu 7.800 empresas de 34 países. Elas representam 83% do Produto Interno Bruto (PIB) global. No Brasil foram entrevistados 150 executivos de São Paulo (100), Rio de Janeiro (25) e Salvador (25).

De acordo com Villa, 'as empresas que atuam em mercados emergentes vêem as fusões e aquisições internacionais como um modo de escalar de maneira mais veloz a cadeia de valor, especialmente por meio de aquisições de marcas e canais de distribuição nos Estados Unidos e Europa'.

Os números revelam que 59% dos empresários dos quatros principais países emergentes, chamados de BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China), também acreditam que as fusões e aquisições são essenciais para o crescimento nos próximos três anos. Este resultado respalda a pesquisa feita pela Grant Thornton Internacional sobre otimismo, divulgada em janeiro, que mostrou que os empresários do BRIC são os mais otimistas do mundo.

'O Brasil é um país cada vez mais atrativo para investidores estrangeiros', explica Villa. 'O investimento estrangeiro direto está aumentando e isso produz uma competição interna sadia pela elevação da competitividade diante da entrada das empresas internacionais', explica. 'O otimismo das empresas brasileiras se mostra não apenas por meio do interesse das organizações internacionais sobre as nacionais, mas também porque grandes corporações brasileiras estão adquirindo empresas estrangeiras', completa. 'A grande demanda pelas commodities do Brasil também está contribuindo para chamar a atenção para o mercado brasileiro', afirma Villa.

(Redação - InvestNews)