A manutenção da taxa Selic nos atuais 11,25% ao ano e a perspectiva de que o juro brasileiro pode até voltar a subir, no mesmo momento em que vemos afrouxamento da política monetária nos Estados Unidos, continuam atraindo capital.
Para a corretora NGO, além do fluxo positivo - proveniente dos canais financeiro e comercial - o retorno do quadro favorável aos movimentos especulativos com as operações de arbitragens - devido à atratividade do juro interno - pode conduzir o dólar aos níveis mais baixos dos últimos anos. "Os bancos já deram mostras de que não apostam na alta do preço do dólar, caso contrário, não teriam demonstrado interesse na rolagem dos contratos de swaps reversos vencendo hoje ofertada por leilão nesta semana e que teve 95% de demanda, visto que nestas operações ficam com o ônus da variação cambial e o benefício do juro", destacou a corretora em relatório.
Neste contexto, o câmbio se descolou de Wall Street. Por lá, as bolsas operaram instáveis, tendo que digerir uma série de informações. Entre elas, a queda no número de emprego criado nos EUA em janeiro, pela primeira vez desde 2003, reforçando os temores que a economia está enfraquecida, à beira de uma recessão.
Mesmo com todo o ambiente de incerteza que se instalou e ganhou força neste começo de 2008, o mercado financeiro mantém o cenário otimista e projeta o dólar a R$ 1,80 no fim do ano.
Por volta das 12h45, mantendo a rotina, o BC comprou dólares no mercado à vista, a uma taxa média de R$ 1,7436 e aceitou, ao menos, uma proposta.
(Simone e Silva Bernardino - InvestNews)