O índice Nikkei 225 caiu 3,97%, para 13.087,91 pontos. O nervosismo no pregão nipônico se intensificou após o Goldman Sachs afirmar que a economia japonesa talvez já esteja em recessão, em parte por exportações mais fracas e queda no consumo.
Em Seul, o indicador Kospi recuou 3,85%, para 1.627,19 pontos, enquanto o índice referencial Hang Seng de Hong Kong perdeu 4,25%, para 24.053,61 pontos. O mercado australiano não funcionou por conta do feriado local.
O indicador Xangai Composto apontou baixa de 7,19%, para 4.419,29 pontos, afetado pela notícia de que um mau tempo em algumas áreas da China estão interrompendo seriamente o fornecimento de energia e de alimentos.
Os investidores asiáticos seguem temerosos com a possibilidade de um desaquecimento na economia mundial. O humor nos mercados piorou após alguns líderes econômicos globais afirmarem, durante o Forum Econômico Mundial em Davos (Suíça), que "o pior ainda está por vir".
A possibilidade de novos prejuízos bancários, atribuídos a crise no mercado de crédito subprime ou de alto risco, e as dúvidas em relação ao plano de estímulos a economia (apresentado na semana passada pelo presidente dos Estados Unidos, George W. Bush) impulsionaram a venda de ações do setor financeiro, que lideraram as baixas nas sessões da Ásia.
Entre as principais entidades bancárias, os papéis do Mizuho Financial recuaram 3,93%, enquanto os do Mitsubishi UFJ Financial caíram 5,29%. Em Hong Kong, os títulos do HSBC Holdings perderam 1,79%. Já em Seul, as ações do sul-coreano Kookmin Bank diminuíram 4,94%.
Para esta semana, os investidores asiáticos estão confiantes de que o Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano) reduzirá a taxa básica de juros em sua próxima reunião, prevista para quarta-feira (30). Na semana anterior, o Fed cortou o juro em 0,75 ponto percentual, para 3,5% ao ano, em caráter emergencial diante da piora no desempenho dos mercados finaceiros internacionais.
(Marcel Salim - InvestNews)