Agência EFE
SEUL - A Coréia do Sul estuda medidas para fortalecer sua economia e evitar o efeito da crise hipotecária nos Estados Unidos, entre elas cortar impostos e manter o gasto público, informou neste domingo a agência local 'Yonhap'.
Fontes do Ministério de Finanças sul-coreano indicaram que, dependendo da situação financeira nacional e internacional, poderia ser preciso tomar a iniciativa para reforçar os fundamentos econômicos do país.
A Coréia do Sul cresceu em 2007 a um ritmo anual de 4,9% e é uma economia eminentemente exportadora, por isso uma eventual recessão nos Estados Unidos afetaria o país diretamente, já que é o principal comprador dos produtos sul-coreanos.
A equipe do presidente eleito, Lee Myung-bak, pretende aumentar o crescimento da Coréia do Sul até pelo menos 6% e colocar o país entre as sete economias mais avançadas do mundo.
Lee, um ex-executivo da Hyundai que tomará posse em 25 de fevereiro, já expressou sua intenção de aprovar isenções tributárias para as empresas para fomentar o investimento, e agora, segundo a "Yonhap', planeja antecipar os cortes de impostos para fazer frente à crise financeira.
O Governo sul-coreano pretende ainda retirar algumas das regulações que estrangulam o investimento das empresas e manter a despesa de US$ 232 bilhões estabelecida pelo orçamento de 2008 para a primeira metade do ano.
A crise dos EUA pelas hipotecas 'subprime' (de alto risco) e a escalada dos preços do petróleo criaram sérias turbulências nos últimos dias nos mercados mundiais, que temem a chegada de uma recessão à primeira economia do mundo.
Na sexta-feira, os líderes econômicos e políticos reunidos no Fórum Econômico Mundial, em Davos (Suíça), recomendaram uma cooperação global entre países e novas políticas fiscais para fazer frente à séria situação econômica dos EUA.