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Dados de inflação pautam manhã

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SÃO PAULO, 11 de janeiro de 2008 - Novos dados de inflação centraram as atenções dos investidores nesta manhã. Segundo profissionais, os indicadores divulgados continuam sinalizando que dificilmente o colegiado do Comitê de Política Monetária (Copom) terá condições de promover novos cortes na taxa Selic no primeiro trimestre deste ano. Estas incertezas estão crescendo e, com isso, há quem diga que o Copom pode voltar a reduzir os juros somente em setembro. Atualmente, a taxa Selic está em 11,25% ao ano.

Além da inflação que deixa o investidor cauteloso com o rumo da economia brasileira, existe agora a preocupação com o risco de racionamento de energia elétrica, numa indicação de que a atividade pode estar crescendo mais do que a economia comporta, o que pode gerar pressão futura à inflação.

Os indicadores divulgados hoje vieram dentro do esperado pelos analistas de mercado. O Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) registrou, no primeiro decêndio de janeiro, alta de 0,67%. Na seqüência foi informado que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,74 % em dezembro, o mais alto de 2007 e quase o dobro da taxa de novembro (0,38%). Com isso, o indicador ficou em 4,46% em 2007. Já o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) apresentou variação de 0,97% em dezembro, resultado superior ao de novembro (0,43%), fechando o ano de 2007 em 5,16%.

Na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F) o volume de negócios até o momento está superior aos dias anteriores, com os investidores arriscando um ganho melhor. As projeções de juros dos contratos de Depósitos Interfinanceiros (DI) apontam queda. O DI de janeiro de 2009, o mais líquido, com 140,5 mil negócios fechados apontava juro 12,04%, ante 12,10% do ajuste anterior.

(Maria de Lourdes Chagas - InvestNews)