ASSINE
search button

Alimentos têm maior alta desde janeiro de 2003

Compartilhar
SÃO PAUOLO, 11 de janeiro de 2008 - Em dezembro de 2007, os preços dos alimentos atingiram 2,06%, o maior índice desde janeiro de 2003 (2,15%) e foram os principais responsáveis pelo resultado do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do último mês do ano: 0,74%. Contribuindo com 0,44 ponto percentual, o grupo alimentação e bebidas representou cerca de 60% do IPCA do mês. Na região metropolitana de Belém, o resultado do grupo chegou a 3,79%. Belém , Salvador (3,27%) e Goiânia (3,24%) apresentaram as maiores taxas de crescimento nos alimentos em dezembro.

O item carnes (8,20%) deteve a maior contribuição individual no mês: 0,16 ponto percentual. A alta chegou a 15,12% em Salvador. A seguir vieram os feijões (32% em média), com contribuição de 0,13 ponto percentual. O feijão carioca , tipo mais consumido no país, ficou 38,61% mais caro no mês, sendo que na região metropolitana de Salvador os preços subiram 68,55%.

Para os produtos não alimentícios, o resultado do IPCA de dezembro foi de 0,38%, também acima do de novembro (0,28%).

Os combustíveis, em terceiro lugar na lista geral de contribuições, com 0,08 ponto percentual, apresentaram variação de 1,58%. A alta do álcool atingiu 9,35% e, com isso, os preços da gasolina, que tem 25% do produto em sua composição, subiram 1,03%.

Os cigarros também pressionaram o IPCA de dezembro, com 3,53% de variação e 0,03 ponto percentual de contribuição. A alta foi resultante do reajuste ocorrido em 26 de novembro de 2007. Outra pressão veio dos ônibus intermunicipais, que tiveram alta de 1,30%, decorrente do reajuste de 5% tanto nas tarifas do Rio de Janeiro (4,18%) quanto nas de Belo Horizonte (1,34%). A taxa de 0,35% dos ônibus urbanos, por sua vez, refletiu parte do reajuste de 5% no Rio de Janeiro.

Além dos artigos de vestuário (0,72%), com destaque para as roupas infantis (0,97%), outros itens influenciaram o IPCA de dezembro: empregado doméstico (0,92%), condomínio (1,12%), automóvel novo (0,78%) e plano de saúde (0,52%).

O maior índice regional foi registrado em Belém (1,40%), onde a alta dos alimentos chegou a 3,79%, e a contribuição atingiu 1,16 ponto percentual - ou seja, foi responsável por 83% do resultado total. Além dos alimentos, os combustíveis (4,33%) e os remédios (1,15%) também subiram bem mais em Belém do que nas outras regiões. O menor índice regional foi o de Curitiba (0,49%).

(Redação - InvestNews)