ASSINE
search button

Consolidação não deve impactar preços

Compartilhar
SÃO PAULO, 9 de janeiro de 2008 - O aumento na escala de produção das duas petroquímicas (Braskem e Companhia Petroquímica do Sudeste) que restaram em operação no País após o processo de consolidação do setor não deverá trazer redução nos preços cobrados dos consumidores, prevêem os distribuidores de produtos químicos e petroquímicos. Por outro lado, a garantia de fornecimento é apontada por executivos como um importante diferencial deste novo mercado.

´O que acontecerá com os preços cobrados é um ponto muito pequeno perto de tudo o que está consolidação poderá fazer ao mercado´, afirma o presidente da Associação Brasileira dos Distribuidores de Resinas Plásticas (Adirplast), Wilson Cataldi. Para ele, o fator primordial a ser analisado pelos clientes é a garantia de que não faltarão produtos no mercado, mesmo com o aquecimento da economia nacional.

Mas, para os transformadores, a consolidação do setor não deve ser analisada apenas com otimismo. ´Estaremos totalmente dependentes de duas empresas, então precisamos nos assegurar que os reflexos positivos desta união se estenderão para a terceira geração, ou seja, para os transformadores", analisa o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Embalagens Plásticas Flexíveis (Abief) Rogério Mani.

Neste cenário, o dólar baixo poderá ser um importante aliado para transformadores e distribuidores. De janeiro a outubro de 2007, as importações de resinas termoplásticas cresceram quase 20% em relação a igual período de 2007, segundo dados da Comissão Setorial de Resinas Termoplásticas (Coplast) da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim).

Apesar disso, o aumento da importação não representa uma preocupação para as petroquímicas, que prevêem um crescimento do setor, em 2008, próxima da expansão registrada em 2007, de quase dois dígitos. Para o presidente da Braskem, José Carlos Grubisich, a decisão dos transformadores de reduzir o nível de seus estoques foi um dos fatores que impediu que o crescimento do setor fosse ainda maior em 2007, mas também representa a certeza de que 2008 será um ano bastante favorável às petroquímicas.

(André Magnabosco - InvestNews)