Sobre as perspectivas para o próximo ano, Múcio informou que o governo ainda sente os impactos da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). Ele, no entanto, afirmou que a área econômica está estudando como suprirá a perda de R$ 40 bilhões na arrecadação do próximo ano.
Segundo Múcio, Lula comprometeu-se a cortar gastos e não tratou de possíveis aumentos de tributos durante a reunião. "Não se fala nisso, época de Natal não é época de se falar de imposto", explicou.
Perguntado sobre a negociação que o governo fez com o Senado durante a votação da CPMF, o ministro disse que o governo ainda está avaliando a conduta do Palácio do Planalto com os partidos políticos, mas Múcio ressaltou que a derrota não é só do governo. "Ao avaliar, com calma, aquela preocupação do embate político, do embate partidário, você vê que a coisa [o impacto do fim da CPMF] é mais profunda", disse.
O ministro avaliou que a solução para a perda de receitas da CPMF exigirá o comprometimento de todas as forças políticas e da própria sociedade. "O governo tem capacidade de superar o problema com ajuda do Congresso e da própria sociedade", destacou.
Na reunião, estavam presentes os ministros da Casa Civil, Dilma Rousseff; da Fazenda, Guido Mantega; o secretário-geral da Presidência da República, Luiz Dulci; da secretária de Comunicação, Franklin Martins, e da Justiça, Tarso Genro.
(Vanessa Stecanella - InvestNews)