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"Não haverá racionamento de energia elétrica", diz Aneel

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REUTERS

RIO - Um dia após alertar para a possibilidade de faltar gás para as empresas no início de 2008, o diretor-presidente da Agência Nacional de Energia Elétrica, Gerson Kelman, afirmou nesta quinta-feira, ao Bom Dia Brasil, que "não haverá racionamento" de energia elétrica no País.

De acordo com o comunicado de ontem, há risco de os reservatórios das usinas hidrelétricas (hoje com 52% de capacidade) não alcançarem o nível mínimo de 61% de sua capacidade total no início do ano que vem. Com isto, as usinas termelétricas e a gás seriam acionadas, o que poderia provocar falta de gás para as empresas.

O alerta foi feito para que a Petrobras, que fornece o combustível para as usinas e empresas, encontre uma alternativa.

"Há uma posição de ligar as térmicas para evitar que haja racionamento de energia elétrica. Hoje contamos com menos energia da Argentina, que não vem mais, e menos energia das térmicas", disse Kelman ao Bom Dia Brasil.

O presidente da Aneel afirmou ainda que não há planos a curto prazo de reajustar preços de energia por causa da situação no gás.

Kelman mostrou-se contrário à conversão de veículos ao gás natural. Segundo ele, os veículos que já se converteram, têm que ser atendidos, mas novas mudanças de álcool e gasolina pelo gás não deveriam ser incentivados.

"Essa percepção de que o gás não é farto nos próximos dois anos, tem que permear durante toda a sociedade", afirmou.

A situação em janeiro seria parecida com a que aconteceu no final de outubro, com o corte parcial do fornecimento do combustível no Rio de Janeiro e São Paulo, pela Petrobras.