O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado atingiu R$ 89,1 milhões, com margem de 13,1%.
No segmento de leites/lácteos, a empresa teve crescimento de 45,7% no trimestre principalmente em leites fluídos e em pó beneficiado pela alta demanda no período. O aumento dos preços no mercado internacional, permitiu à empresa retomar as exportação neste segmento, atingindo US$ 10,5 milhões no período. A redução da oferta mundial do produto relacionada a problemas climáticos na Austrália e Nova Zelândia, redução dos subsídios na Europa e o crescimento da demanda na Ásia, provocaram uma alta significativa dos preços do leite no mercado internacional, o que contribuiu também para alta dos preços no mercado interno.
As exportações de frangos apresentaram crescimento em dólares de 65,4% no período, focadas principalmente no Oriente Médio e Leste Europeu. No mercado interno, o segmento apresentou uma queda de volumes por um maior direcionamento de produção para a exportação. Entretanto, o faturamento interno apresentou um crescimento de 5,5%, em comparação com o mesmo período do ano anterior, refletindo os maiores preços de vendas de frangos no mercado interno.
Em suínos, verificou-se uma alta de 2,4% em volumes e uma queda de 0,5% em faturamento, no acumulado dos nove meses de 2007, por conta de uma menor demanda de produtos pela Rússia, principal destino das exportações brasileiras neste segmento. A queda dos preços de exportação de 6,8% no terceiro trimestre em comparação com o mesmo período do ano passado, prejudicou a rentabilidade das exportações de suínos, assim como o aumento de custos de grãos ocorrido no período, cujo repasse aos preços não foi concretizado.
A dívida líquida da empresa encerrou o terceiro trimestre em R$ 458 milhões, apresentando um aumento de R$ 63,5 milhões em relação ao segundo trimestre de 2007 e um aumento de R$ 55,7 milhões, em comparação como apurado no mesmo período de 2006.
Os investimentos nos primeiros nove meses de 2007 atingiram o montante de R$ 109,7 milhões, sendo R$ 63 milhões nas atividades de frangos, suínos e industrializados, R$ 37,4 milhões em leites/lácteos e R$ 4,8 milhões no corporativo.
Com sede no Rio Grande do Sul, a Eleva conta hoje com 9 mil colaboradores diretos e 70 mil indiretos, e atua nos segmentos de leites, lácteos, frangos, suínos e industrializados, por meio das marcas Elegê, Avipal, Santa Rosa, Dobon, e El Vaquero. A empresa possui aproximadamente 20 mil produtores de leite e 2,6 mil produtores integrados de frango e suínos.
(Silvia Regina Rosa - InvestNews)