SÃO PAULO, 9 de outubro de 2007 - À espera da divulgação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), usado no regime de metas de inflação, que será divulgado amanhã, fez com que os investidores do mercado financeiro, em especial de renda fixa, mantivessem a cautela. Segundo o economista da Geração Futuro, Gustav Gorski, o mercado financeiro segue bastante dividido em relação ao rumo da taxa básica de juro brasileira. Para ele, as chances de um corte de 0,25 ponto percentual na taxa Selic, fixada em 11,25% ao ano, estão diminuindo dia a dia. "Fatores como - inflação muito perto da meta e crescimento próximo do Produto Interno Bruto (PIB) potencial - acabam diminuindo o espaço para novas reduções da Selic", disse. O economista lembra ainda que a última ata do Comitê de Política Monetária (Copom) mostrou claramente a preocupação do comitê em relação ao rumo da inflação.
O crescimento da produção industrial em agosto foi de 1,3%, neste ritmo segundo analistas, a alta da indústria deve superar os 5% neste ano, colaborando para um crescimento do PIB acima de 4,5%. Gorski ressalta, que o destaque positivo ficou, mais uma vez, para o setor de bens de capital, que reflete o aumento dos investimentos.
Na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F) as projeções fecharam sinalizando queda acompanhado a melhora no cenário externo e também a nova atuação do Banco Central no mercado à vista de câmbio. Os investidores monitoraram também a ata da última reunião do Federal Reserve que deu indícios de que poderá cortar, de forma moderada, a taxa de juros norte-americana em sua próxima reunião.
(Maria de Lourdes Chagas - InvestNews)