Agência Brasil
BRASÍLIA - A incorporação do Banco Estadual de Santa Catarina (Besc) ao Banco do Brasil (BB) vai levar aos cofres do estado cerca de R$ 600 milhões. Segundo o coordenador da Comissão de Empresa da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), Marcel Juviniano Barros, o dinheiro será usado para pagar dívidas do estado com a União.
- A história, basicamente, é de um banco que foi utilizado por muito tempo como meio político. Logo tinha problemas a ser resolvidos e entrou no plano de desestatização [Programa Nacional de Desestatização], no governo Fernando Henrique Cardoso. A rigor [a incorporação] é vender parte do patrimônio para pagar dívidas.
Segundo Barros, com a incorporação a população do estado sai perdendo. Ele explicou que os cidadãos deixarão de ter um banco voltado para as suas necessidades e focado no setor produtivo do estado, embora possam ganhar em outros serviços.
- O BB é um banco que está investindo muito em informação. Pode ser que haja uma melhora na qualidade de atendimento, internet e em todos os outros setores.
Além de ganhar os clientes do Besc, o Banco do Brasil também comandará a carteira imobiliária, que segundo o coordenador da Contraf foi o diferencial para o processo de incorporação. O BB também negocia a incorporação do Banco do Estado do Piauí (BEP) e do Banco de Brasília (BRB).