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Dilma: 'Baixos valores de pedágio não afetam qualidade das estradas'

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Agência Brasil

BRASÍLIA - O governo federal garante que os baixos valores de pedágio obtidos no leilão de concessões de rodovias federais não representarão baixa qualidade das estradas. Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, a manutenção na malha federal está prevista nas condições do leilão, que aconteceu na tarde desta terça-feira, dia 9, na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) e registrou deságios de até 65% sobre o valor das tarifas de pedágio por trechos definidos.

- Não só estão previstas duplicações como está prevista manutenção e foi antecipada uma série de etapas que deveriam ser feitas a posteriori - afirmou em coletiva à imprensa no final da tarde.

A ministra atribui o deságio a um grande interesse despertado pelo leilão.

- Pela primeira vez, temos de fato leilões onde a disputa foi acirrada e isso é o que responde pela queda do preço - afirmou. Como exemplo, mencionou as tarifas de pedágio de R$ 1,364, na Régis Bittencourt e de menos de R$ 1, na Fernão Dias.

Na avaliação de Dilma Roussef, a estabilidade econômica atraiu os investidores.

- Hoje é possível a um investidor supor que investir no Brasil, numa concessão de rodovias por 25 anos a preços significativamente mais baixos do que qualquer preço praticado nos últimos tempos no que se refere a pedágio, é um bom negócio - ponderou.

Segundo Dilma, o governo não vê problemas no fato de cinco dos sete trechos leiloados terem sido concedidos a uma empresa espanhola.

- Evidencia que as práticas de empresas internacionais podem contribuir para que, aqui no Brasil, tenhamos também tarifas mais compatíveis com o que é praticado no resto do mundo - avaliou a ministra.

A ministra diz que o governo ficou satisfeito com o resultado do leilão.

- Hoje, só temos motivos para comemorar, é um processo importante dentro do PAC [Programa de Aceleração do Crescimento] - afirmou.

- O risco Brasil não é mais a taxa de inflação, não é fragilidade externa, não é perda de robustez fiscal. Hoje, o risco Brasil é custo elevado na infra-estrutura. Custo adequado na infra-estrutura significa contribuir para que o país cresça de forma sustentável - ressaltou.