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Royal pode iniciar produção local de peças em PVC

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SÃO PAULO, 14 de agosto de 2007 - A expectativa de crescimento da demanda doméstica por sistemas construtivos alternativos ao processo tradicional de alvenaria poderá levar a Royal do Brasil a iniciar a construção local de perfis de PVC rígidos extrudados usados em edificações. Hoje, essas peças são importadas da Argentina, onde a companhia possui uma unidade produtiva.

Para este investimento sair do papel, a companhia espera que a aceitação do sistema a partir do PVC, conhecido como Concreto PVC, seja satisfatória, como acontece em outros países da região, casos de Argentina e México. ´Temos planos de produzir localmente, conforme haja demanda que justifique o início de uma produção no Brasil´, destaca o diretor geral da Royal do Brasil, Carlos Eduardo Torres.

O executivo acredita que o mercado brasileiro de edificações com estrutura de perfis de PVC poderá quintuplicar entre 2007 e 2008. Para isso, a empresa conta com uma campanha mais próxima aos formadores de opinião do setor, como arquitetos e construtoras. ´Estamos iniciando uma nova fase de contato com o mercado, que por sua vez está caracterizado pelo aumento da demanda, principalmente pelas habitações populares´, destaca o executivo.

A Royal do Brasil aproveitará a realização da Concrete Show South America 2007, que acontece de 15 a 17 de agosto, para apresentar o conceito do Concreto PVC, também desenvolvido pela Plásticos Vipal, junto à Braskem, fornecedora de resinas de PVC para ambas as empresas. ´Esse sistema é utilizado em todo o mundo em obras de todos os tipos, como residências, escolas, hospitais e nas áreas comercial e industrial´, diz Torres.

Com previsão de quintuplicar o atual volume de vendas no Brasil, a Royal pretende negociar no País 300 toneladas mensais do perfil em PVC rígido a partir do próximo ano, volume que seria capaz de viabilizar a construção de 300 a 400 casas populares por mês. Atualmente, a Royal produz apenas 500 a 600 toneladas desses perfis por mês para atender toda a região do Mercosul.

O gerente de desenvolvimento de mercado da Braskem, Luciano Nunes, revela que a companhia projeta que os perfis de PVC desenvolvidos por Royal do Brasil e Plásticos Vipal poderá atender de 5% a 10% da demanda de novas casas populares do Brasil a partir de 2008. ´Cada casa representa um consumo de 500 quilos a 800 quilos de PVC´, destaca o executivo.

O sistema Concreto PVC, detalha Nunes, é feito a partir de uma estrutura de encaixe que facilita a montagem das estruturas e que, por possuir um acabamento em PVC, pode ser apresentado no formato natural ou também pode receber acabamentos cerâmicas ou em gesso, entre outros.

(André Magnabosco - InvestNews)