Para garantir que esta previsão seja atingida, a empresa está revisando sua carteira de produtos e pretende intensificar sua atuação junto a um público cuja renda mensal o classifica como classe média ou média-baixa. Essa aproximação deverá ser feita com a marca Amesp, enquanto que haverá um reposicionamento da marca Medial, focando-a em uma maior especificidade de serviços. A migração de clientes da Amesp para a Medial também será concretizada.
'Vamos 'atacar' um mercado de planos básicos através de uma plataforma que tem custo unitário mais baixos', destaca o diretor presidente da Medial, Luiz Kaufmann, referindo-se a linha de serviços Amesp. O executivo afirmou que a companhia já registrou um aquecimento nos negócios no início deste trimestre.
O crescimento orgânico de clientes virá acompanhado de ganhos de sinergia decorrentes da aquisição da Amesp, que devem somar R$ 60 milhões por ano já a partir de 2009, além de uma ampliação na base de clientes odontológicos e nos serviços prestados a outras companhias. Para isso, a Medial mantém uma equipe que busca novas sinergias entre as empresas, projeta novas companhas de marketing e prepara a construção de mais dois hospitais na capital paulista. Atualmente, a Medial opera 10 hospitais - cinco deles decorrentes da aquisição da Amesp.
'Vamos trabalhar os hospitais como centros de lucro, aproveitando a oportunidade existente no mercado para oferecer serviços hospitalares a terceiros', diz Kaufmann. O mesmo acontecerá com as unidades de medicina diagnóstica, segmento este que, segundo a Medial, possui 'espaço para um novo grande player'.
Para aproveitar todo o potencial de mercado resultado da aquisição da Amesp, a Medial está sendo reorganizada em cinco unidades de negócios (Médicos-Medial, Médicos-Amesp, Odontológicos, Hospitais e Medicina Diagnóstica), que por sua vez serão apoiadas por cinco unidades de serviços corporativos.
Kaufmann também destacou hoje pela manhã, em teleconferência com investidores, analistas e jornalistas, que outra aposta da companhia é ampliar sua base de clientes no segmento odontológico. 'Esperamos que, no médio prazo, entre 40% e 60% de nossa base de clientes também tenha planos odontológicos', revela o executivo.
(André Magnabosco - InvestNews)