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Industrialização do setor pode ampliar mercado

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SÃO PAULO, 14 de agosto de 2007 - A expansão do segmento de habitação popular, que a cada dia atrai novas construtoras interessadas em ganhar espaço junto às famílias de baixa renda, virou o novo objeto de desejo de empresas fabricantes de sistemas construtivos, como a Royal do Brasil, a SH Fôrmas Andaimes e Escoramentos e a Carbone Construções e Empreendimentos. Essas companhias apresentarão na feira Concrete Show South America 2007, que acontece de 15 a 17 de agosto em São Paulo, sistemas alternativos ao tradicional modelo de alvenaria com custos mais baratos e implantação mais rápida do que as obras feitas com tijolos e blocos.

Os sistemas, feitos com moldes metálicos, de madeira ou PVC, são mais práticos do que o sistema tradicional, uma vez que a parede é feita basicamente a partir do preenchimento das fôrmas com concreto. Usados tradicionalmente em obras industriais, esses sistemas agora vão focar a construção de moradias de baixa renda, em ascensão devido à expansão do crédito e da renda do trabalhador brasileiro.

Para justificar a utilização desses sistemas, explicam as companhias, é preciso que a industrialização do processo construtivo venha acompanhada de projetos em larga escala, que viabilizem o aluguel ou a compra de guindastes ou outros equipamentos utilizados neste tipo de construção. Essa maior demanda é considerada provável justamente devido ao bom momento da construção civil, impulsionada pelos incentivos governamentais ao setor e pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Com a comprovação de que existe uma demanda doméstica reprimida e a conclusão de testes que comprovam a qualidade desses sistemas, o objetivo das empresas é aproveitar o déficit habitacional brasileiro, estimado em mais de 8 milhões de residências, para ampliar a presença desses sistemas no mercado brasileiro, assim como é visto em países como México, Argentina e até mesmo nos Estados Unidos.

(André Magnabosco - InvestNews)