O banco de terrenos da empresa aumentou 19% em relação à última demonstração de balanço, elevando o valor geral de vendas (VGV) para R$ 5,2 bilhões. As vendas contratadas aumentaram 140% em relação ao ano passado, somando R$ 119,3 milhões em carteira. O VGV com os lançamentos realizados no segundo trimestre chegou à ordem de R$ 232 milhões. A receita operacional líquida foi de R$ 80,5 milhões, 92,7% a mais que o ano passado. Enquanto o Ebitda (lucro antes de impostos, juros, amortizações e depreciações) cresceu 34,3%, para R$ 15,1 milhões.
A Tecnisa investiu também em expansão geográfica e diversificação de mercados, por meio de parcerias. Mais de 50% dos lançamentos previstos até o final de 2008 se encontram fora da cidade de São Paulo.
Cerca de metade dos lançamentos nos próximos 18 meses serão destinados aos segmentos de médio e médio baixo padrão. "Temos experiência e atingimos bons resultados com médio alto e alto padrão, mas também estamos direcionando os negócios para média e média baixa renda", afirma Meyer Joseph Nigri, CEO da Tecnisa.
No Nordeste, a parceria com a Petram (BA), celebrada em julho, permitirá à empresa desenvolver negócios imobiliários para públicos de médio e médio alto padrão com direito de participação de 90% para a Tecnisa. O VGV é de R$ 150 milhões para os próximos 12 meses. A empresa já havia fechado contrato no primeiro trimestre com a Terra Brasilis (CE), para residenciais em alta, média alta e média renda, com participação de 75% e VGV previsto de R$ 400 milhões parao horizonte de 36 meses.
Já na região Centro-Oeste, os acordos com a Artefato Engenharia e com a FR, pertencentes ao grupo Fuad Rossi, compreende projetos no Estado de Goiás e no Distrito Federal. O VGV esperado é de R$ 250 milhões em um ano, e se refere à participação de 50% nos negócios concretizados.
A Tecnisa ainda terá preferência de 80% nos negócios fechados pela parceria com a empresa Ritz Engenharia na região de São Paulo. O foco é na diversificação de mercado para rendas média e média baixa e empreendimentos comerciais. A parceria com a DP Engenharia tem VGV de R$377,7 milhões em um ano. A empresa terá direito a 50% nos negócios celebrados. O maior objetivo é a prospecção de negócios para classe média, média alta e alta, com foco no interior de São Paulo.
A formalização da parceria com a construtora Stuhlberger, de São Paulo, e a constituição de uma nova empresa, a Stuhlberger Incorporadora Ltda., anunciada em 16 de julho, contará com investimentos de até R$100 milhões nos próximos cinco anos, e VGV potencial de R$200 milhões por ano para o desenvolvimento de empreendimentos imobiliários.
A aquisição de um terreno na cidade de Suzano (SP) em 18 de julho visa a atingir a média baixa e a baixa renda. Em parceria com as empresas Incosul e Tricury, o VGV é de R$ 120 milhões. Com terrenos adquiridos em Cotia e Osasco, também em São Paulo, são mais de três mil unidades que proporcionam um VGV total de cerca de R$ 310 milhões.
A empresa também anunciou a aquisição de um terreno de 250 mil m², pelo valor de R$ 133 milhões, em São Paulo, com o VGV total superior a R$2 bilhões.
Para o CEO Meyer Nigri, o projeto é o maior negócio da empresa atualmente. "Já entramos no trâmite para utilização do terreno com fins imobiliários. Isso coloca a empresa em vantagem competitiva, visto que o VGV é de 40% do total, e os custos serão, no máximo, de 10% da receita que o projeto vai gerar", explica.
O Conselho de Administração da empresa ainda aprovou na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) um programa para emissão de R$ 600 milhões em debêntures, com prazo de dois anos. A primeira emissão será feita no valor de R$ 200 milhões. "O objetivo da captação é dar continuidade à expansão da empresa, com investimentos em aquisições e parcerias", afirma Nigri.
(Redação - InvestNews)