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SÃO PAULO - A Bolsa de Valores de São Paulo fechou em baixa nesta segunda-feira, com investidores ainda receosos em retomar as compras diante das incertezas em relação à extensão dos problemas de crédito imobiliário nos Estados Unidos.
A proximidade do vencimento de índice futuro, que ocorre na quarta-feira, e o também fraco desempenho de Wall Street contribuíram para a queda da Bovespa.
O principal indicador da bolsa paulista caiu 0,39 por cento, para 52.434 pontos, depois de subir quase 2 por cento pela manhã. Foi o terceiro dia seguido de baixa, levando o Ibovespa ao menor nível desde 12 de junho.
O volume financeiro ficou em 3,79 bilhões de reais, o segundo menor do mês e abaixo da média diária do ano, de 4,1 bilhões de reais.
- A coisa está muito mais tranquila hoje. Provavelmente (o movimento) é em função do vencimento. O número de contratos é grande - comentou o operador de uma corretora nacional. Os principais bancos centrais do mundo voltaram a injetar recursos no sistema financeiro para garantir liquidez e tranquilizar investidores nesta segunda-feira, mas em montante bem menor que o visto na semana passada.
Analistas dizem que uma crise maior parece ter sido evitada no momento, mas que até que a completa extensão dos problemas do setor de crédito imobiliário dos EUA seja conhecida o mercado continuará na defensiva.
- A explosão (dessa crise) parece estar se dissipando, mas o problema, que é ainda não sabermos exatamente onde estão as perdas, continua - disse Lou Crandall, economista-chefe da Wrightson ICAP.
- A vulnerabilidade do sistema a esse tipo de questão de liquidez ainda está presente.
Em Nova York, o Dow Jones perdeu 0,02 por cento e o índice de principais ADRs brasileiros exibiu baixa de 0,89 por cento.