Segundo ele, antes de 2009 não há condições de formar pessoal necessário para superar o problema causado pelo aumento no número de vôos. O crescimento do setor, acrescentou, estará comprometido nos próximos dois anos, porque "não podemos abdicar da segurança".
Cardoso explicou ainda que a Aeronáutica trabalha com a perspectiva de realizar, em 2017, o desmembramento do setor de controle do tráfego aéreo, mantendo com os militares o controle por radar e transferindo para o controle civil o monitoramento do tráfego aéreo comercial, que seria feito por satélite.
Na audiência, o presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Milton Zuanazzi, também reclamou da falta de pessoal técnico para compor o quadro da instituição. "A área de aplicação de multas tem apenas quatro funcionários. Nós herdamos isso. Mas na terça-feira da próxima semana serão empossados 589 profissionais", informou.
Segundo Zuanazzi, alguns dos profissionais aprovados em concurso público terão que passar, ainda, por um período de treinamento. Ele defendeu o fim dos contratos terceirizados na Anac. "Precisamos de funcionários de carreira e não de contratos mitigados como os que existem hoje com órgãos internacionais como a Oaci [Organização Internacional da Aviação Civil], Pnud [Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento] e Unesco [Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e Cultura]", disse.
Já o presidente da Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero), Sérgio Gaudenzi, não descartou a possibilidade de privatização de alguns aeroportos para garantir o melhor atendimento ao público.
"Eu trabalho com a expectativa de que tenhamos aeroportos estaduais e municipais, e não excluo a possibilidade de privatização. Cabe, entretanto, discutir como seria realizada essa distribuição, porque temos aeroportos superavitários e outros que são deficitários", afirmou.
As informações são da Agência Brasil.
(Redação - InvestNews)