ASSINE
search button

Unipar e Petrobras terão tamanho da Braskem

Compartilhar
SÃO PAULO, 11 de agosto de 2007 - A confirmação dada agora há pouco pela Petrobras de que a Companhia Petroquímica do Sudeste (CPS) será resultante da fusão dos ativos da estatal e da União de Indústrias Petroquímicas S.A. (Unipar) criam uma indústria brasileira capaz de fazer frente à Braskem, maior petroquímica do Brasil e da América Latina.

Na oportunidade em que anunciou a aquisição da Suzano Petroquímica, no último dia 3, o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, destacou o tamanho da indústria petroquímica no Sudeste. Segundo a apresentação do executivo, a capacidade de produção dessa região é de 1,81 milhão de toneladas anuais de polietileno (PE) e de 1,72 milhão de toneladas anuais de polipropileno (PP). Desse total, 800 mil toneladas de PE e 850 mil toneladas de PP serão provenientes do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), que foi incluso nesta região, assim como a produção de PP da Suzano em Camaçari (BA), apenas para efeito comparativo.

Já a capacidade de produção da Braskem, incluindo os volumes da Petroquímica Paulínia, da Petroquímica Triunfo e da recém-adquirida Ipiranga Petroquímica (IPQ), é de 1,87 milhão de toneladas anuais de PE e de 1,05 milhão de toneladas anuais de PP.

Devido ao tamanho desta nova empresa e à importância do Comperj neste mercado, a questão que surge agora é qual será a composição das ações que controlarão o novo complexo carioca, cujos investimentos estão estimados em mais de US$ 8 bilhões. Tudo indica que a CPS será a principal acionista do projeto, tendo como parceiros minoritários o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Grupo Ultra, que já demonstraram interesse em fazer parte do Comperj.

A Braskem, por sua vez, não descarta participar do projeto, mas ainda aguarda informações mais detalhadas da Petrobras para saber a viabilidade do novo pólo petroquímico que produzirá insumos básicos a partir de óleo pesado.

Mesmo que não integre este ativo, a posição da Braskem no mercado petroquímico mundial continuará sendo de grande relevância. Atualmente, a companhia possui a 12ª maior capacidade de produção de PE do mundo e a 13ª de PP, mas deverá chegar ao grupo das dez maiores fabricantes do mundo de PP e PE assim que entrarem em operação os projetos da companhia na Venezuela, incluindo o Complexo de Jose, destaca o presidente da Braskem, José Carlos Grubisich.

(André Magnabosco - InvestNews)