Mauro Bragato teve seu nome envolvido em denúncias de fraudes de licitações da Companhia de Desenvolvimento de Habitação e Desenvolvimento (CDHU). A documentação que está sendo analisada pelos membros do Conselho de Ética foi enviada pela Procuradoria Geral de Justiça à presidência da Assembléia Legislativa. As denúncias motivaram ainda mais o governador José Serra a reestruturar a CDHU.
A proposta foi apresentada ontem pelo deputado José Bittencourt (PDT), que não é membro do conselho, mas participou da reunião como corregedor substituto. Bittencourt reclamou que sua proposta de sigilo anterior não foi atendida. ´Tenho para mim que nesta sessão aberta nós estamos impedidos. Com base no caráter sigiloso das informações contidas nestes autos, não podemos deliberar absolutamente nada, salvo a questão da reconvocação deste conselho para uma reunião reservada, só com a presença dos ilustres deputados´, defendeu Bittencourt.
O presidente do Conselho de Ética, deputado Hamilton Pereira (PT), alegou que não tomou a decisão de convocar a audiência com caráter reservado por entender que isso confrontaria com os ´novos tempos da Assembléia´. ´Os deputados tratam cada vez mais de abrir a Assembléia Legislativa, como casa do povo que ela efetivamente é, para todas as questões, inclusive tendo em seu próprio Plenário derrogado as decisões anteriores de reuniões fechadas e votações secretas na Assembléia´, completou o presidente do Conselho.
Porém, por considerar a questão como regimental, Hamilton Pereira colocou a proposta de Bittencourt para análise dos membros do Conselho, que optaram por convocar nova reunião, de caráter reservado, para hoje. Antes da decisão pela nova reunião, o deputado Fernando Capez (PSDB) ponderou sobre a necessidade de se acrescentar aos autos do processo a manifestação do deputado Bragato. ´Para que possamos proferir uma definição balizada seria prudente que o deputado Mauro Bragato pudesse incluir sua manifestação aos autos do processo´, salientou Capez.
(Marcos Seabra - InvestNews)