Dentre os fatores que tiveram impacto direto no aumento do lucro relativamente destacam-se o incremento de US$ 1,911 bilhão do lucro operacional, o resultado financeiro de US$ 501 milhões, os ganhos na venda de ativos de US$ 457 milhões da Usiminas e de US$ 217 milhões da Log-In Logística. Em contrapartida, o imposto de renda sofreu aumento de US$ 1,057 bilhão, tendo sido de US$ 1,396 bilhão no segundo trimestre deste ano contra US$ 339 milhões no segundo trimestre de 2006.
O EBITDA ajustado da Vale ultrapassou pela primeira vez em um trimestre a marca dos US$ 5 bilhões. Os US$ 5,057 bilhões obtidos resultam em aumento de 72% em relação ao mesmo período do ano passado e de 58,8% em comparação com o recorde anterior, de US$ 3,184 bilhões no primeiro trimestre do ano.
A receita operacional bruta de US$ 8,899 bilhões no trimestre configurou novo recorde trimestral, ultrapassando a marca de US$ 7,680 bilhões do trimestre passado. Em relação ao segundo trimestre de 2006, a variação foi de 45,2%, quando a Vale obteve receita de US$ 6,127 bilhões.
No semestre, a receita acumulada foi de US$ 16,579 bilhões, o que resultou em aumento de 53,1% relativamente aos US$ 10,828 bilhões referentes ao primeiro semestre de 2006.
Os investimentos da Vale neste trimestre totalizaram US$ 1,439 bilhão, aumento de 75,9% em relação aos US$ 818 milhões do segundo trimestre 2006. A empresa também adquiriu por US$ 656 milhões a totalidade do capital da AMCI Holdings Australia e por US$ 230,6 milhões parcela adicional do capital da MBR.
As aquisições no primeiro semestre totalizaram US$ 2,960 bilhões, incluindo US$ 2,053 bilhões referentes à parcela restante paga aos acionistas da Inco Ltd.
A companhia também divulgou que a evolução do endividamento em 2007 está alinhada com a meta estratégica de um portfólio de dívida de baixo risco. No segundo trimestre, verificou-se sensível diminuição do valor da dívida bruta e dos índices de alavancagem, enquanto o prazo médio se ampliou.
A dívida total da Vale do Rio Doce em 30 de junho era de US$ 19,075 bilhões, tendo apresentado queda de US$ 4,405 bilhões em relação aos US$ 23,480 bilhões em 31 de março.
A forte geração de caixa permitiu durante esse trimestre o pagamento da parcela remanescente do empréstimo-ponte para a aquisição da Inco Ltd., no valor de US$ 2,25 bilhões, e a liquidação antecipada de financiamentos à exportação de US$ 1,595 bilhão.
O prazo médio da dívida foi alongado, evoluindo de 8,27 anos em junho de 2006 para 10,15 anos em junho de 2007. Apesar do prazo mais longo, o custo médio da dívida de 6,79% em junho diminuiu em 74 pontos base em relação ao nível do segundo trimestre de 2006.
(Redação - InvestNews)