O advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, que defende o ministro Paulo Medina, esperava que o procedimento contra o seu cliente fosse arquivado pelo CNJ, já que uma comissão formada por três ministros do STJ (Gilson Dipp, Denise Arruda e Maria Thereza Assis Moura) tinha prazo até o dia 20 para examinar se seria ou não instaurada sindicância interna contra o colega afastado.
Na esfera criminal, todos esses magistrados foram denunciados ao Supremo Tribunal Federal, em abril, pelo procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, por crimes de prevaricação, corrupção passiva e formação de quadrilha. O inquérito, do qual é relator o ministro Cezar Peluso, corre em segredo de justiça.
Ao fim dos processos administrativos a serem reunidos no CNJ, os magistrados poderão sofrer a pena máxima, que é de aposentadoria compulsória, com todos os vencimentos mantidos. A perda de cargo só pode ser determinada pelo STF, se o tribunal concluir - depois de aceitas e julgadas as denúncias - que os magistrados são culpados.
(Luiz Orlando Carneiro - InvestNews)