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Fomento florestal une indústria e comunidade

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SÃO PAULO, 31 de julho de 2007 - Uma das saídas encontradas pelas indústrias de papel e celulose para evitar invasões em suas terras e mostrar as vantagens sócio-econômicas trazidas pelo setor à região em que se instalam foi a ampliação da parceria com pequenos produtores. Esse projeto tem acontecido por intermédio de programas de fomento no qual os próprios produtores da região plantam e cultivam as florestas de eucalipto que serão utilizadas pelas empresas do setor no futuro. O projeto garante receita aos pequenos produtores e facilidades logísticas às grandes empresas, que podem reservar parte do aporte que seria feito na compra de terras para outros projetos, como a ampliação de capacidade.

Segundo dados da Associação Brasileira dos Produtores de Florestas Plantadas (Abraflor), entidade que reúne empresas de diversos setores, inclusive as principais indústrias de papel e celulose instaladas no País, os programas de fomento florestal responderam por 290 mil hectares acumulados de terras em 2006, uma expansão de 12% sobre o ano anterior. Apenas o setor de papel e celulose corresponde a mais de 200 mil desses hectares.

A ampliação desse projeto de fomento, destaca a Abraflor, reflete na qualidade de vida das populações de regiões como Mucuri (BA), onde está instalada a Suzano Papel e Celulose, ou Linhares (ES), onde se encontra a Aracruz. O balanço mais recente da Abraflor aponta que o crescimento do Índice de Desenvolvimento Humano dos Municípios (IDH-M) nessas regiões supera a expansão registrada em outras áreas do País.

Segundo este levantamento, por exemplo, o IDH-M de Mucuri cresceu 31,4% entre 1991 e 2000, enquanto o IDH do estado da Bahia apresentou expansão de 16,6%. Em Salvador, onde não existe atividade florestal, a expansão é de apenas 7,2%. No Espírito Santo, o cenário se repete. Enquanto o IDH-M do município de Conceição da Barra, onde a Aracruz possui atividades florestais, registrou expansão de 17,8% no período entre 1991 e 2000, a expansão do IDH da capital Vitória foi de 7,4% e, do estado, de 10,9%.

(André Magnabosco - InvestNews)