Para o Rio, estão previstos, ´a fundo perdido´, R$ 1 bilhão de investimentos para os Complexos do Alemão e de Manguinhos e a favela da Rocinha, e R$ 1 bilhão para o estado e prefeituras de São Gonçalo e da Baixada Fluminense, destinados ao saneamento básico.´Até hoje, eu pactuei com o presidente Lula e com a ministra Dilma Rousseff (Chefe da Casa Civil) outro tipo de negociação´, disse o governador.
Sérgio Cabral discutiu com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, a capacidade de endividamento do estado, mas saiu do encontro dizendo que as conversas não foram conclusivas. ´Até agora estamos negociando metas de ajuste fiscal com o Tesouro Nacional. Eu pago 13% das minhas receitas ao Tesouro Nacional´, reclamou.
Na quarta-feira foi a vez do governador paulista José Serra (PSDB) negociar com Mantega as contrapartidas ao PAC. O assunto foi ´o equacionamento das despesas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) com os limites de endividamento do estado´. Mantega disse que convidou o governador em vista da ´necessidade de juntar os projetos de infra-estrutura já negociados pelo estado e os novos previstos no programa (de aceleração do crescimento)´, que o governo planeja implementar.
Serra, por sua vez, afirmou que acredita no interesse do ministro de ´acelerar a definição dos recursos´. E disse que há várias propostas do governo federal quanto a investimentos nas áreas de habitação e saneamento em São Paulo, e que ´eles querem medir o impacto desses programas nas contas estaduais´. Os estudos, segundo Serra, já passaram pela Casa Civil, ministérios das Cidades e do Planejamento.
A previsão de investimentos do PAC para São Paulo é de R$ 2,9 bilhões, com contrapartida de R$ 1,4 bilhão do estado, que pode sair de estatais como a Sabesp. ´Nós resistimos em pegar dívida nova para não onerar o nosso limite´, disse.
(Marcos Seabra - InvestNews)