Apesar do resultado deficitário, o problema apontado pela Abrace não é resultado de falta de demanda, mas sim do contraste de interesse entre consumidores e geradoras. ´As geradoras não tem tido disposição em vender energia nova porque sempre surge a especulação de que o preço no futuro será mais alto do que o atual e por isso não há interesse em negociar energia com o preço proposto pelos grandes consumidores´, destaca o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim.
Patrícia destaca que as geradoras apresentam ofertas para contratar energia por prazos de um ano, o que não agrada os grandes consumidores, que hoje operam, em sua maioria (84%), com contratos superiores a cinco anos.
Para eliminar esse impasse, a entidade está analisando opções de atuação governamental no mercado. Uma delas seria o governo, por intermédio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), dar o lastro para a emissão de certificados com prazos de até 20 anos que pudessem ser negociados pelas geradoras junto aos consumidores livres, comercializadores ou até mesmo outro gerador, dando garantia de retorno aos novos projetos das geradoras.
(André Magnabosco - InvestNews)