Na última quarta-feira, a China triplicou os impostos sobre as transações de ações em suas Bolsas de Valores, elevando de 0,1% para 0,3% a taxação. A intervenção repentina pareceu funcionar e os índices chineses registraram sua maior baixa desde 27 de fevereiro, quando Xangai caiu 9% e gerou um 'efeito dominó' que abalou as bolsas mundiais.
Já na sexta-feira, Xangai e Shenzhen fecharam novamente em queda, com os investidores temendo por novas medidas governamentais. Para os especialistas, as medidas aparentemente tiveram resultado. No entanto, alguns acreditam que o efeito das intervenções será apenas momentâneo.
'Mais uma vez, as perdas representam uma oportunidade de comprar ações a preços mais baratos. Desta maneira, é possível prever que as baixas são de curto prazo e durarão até que o mercado reúna novas forças para voltar à tendência de alta", reiterou o analista Zhang Li, da casa de corretores Huatai Securities, em declaração ao jornal "Shanghai Daily".
A tentativa de desacelerar a economia chinesa iniciou-se no dia 18 de maio, quando o país aumentou as taxas de juros e do depósito compulsório nos bancos, elevando a flexibilização de sua moeda em relação ao dólar. Mesmo assim, os índices Xangai Composto e Shenzhen se mostraram imunes e continuaram em alta.
O risco de uma explosão da bolha nas Bolsas de Valores, alertado pelo ex-chairman do Federal Reserve Alan Greenspan, somente diminuiu após as intervenções feitas no dia 30 de maio pelo governo chinês.
(Marcel Salim - InvestNews)