Agência EFE
SHUNA - O ministro de Finanças da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Salam Fayyad, previu hoje uma piora na situação econômica palestina em 2007, devido a uma forte redução das doações, que chegaram a US$ 900 milhões no ano passado.
Fayyad participa do Fórum Econômico Mundial para o Oriente Médio, realizado em Shuna, no litoral da Jordânia. O ministro da ANP acrescentou que a redução nas ajudas repercutirá negativamente nos serviços oferecidos aos palestinos.
O ministro advertiu também que a tendência negativa continuará enquanto for mantido o bloqueio econômico sobre a ANP.
Fayyad participou neste sábado de uma sessão de trabalho intitulada 'Os riscos do egoísmo dos doadores', na qual também esteve presente a ministra de Planejamento e Cooperação Internacional jordaniana, Suheir al-Ali.
A ministra jordaniana pediu que os países doadores colaborarem entre eles para ajudar os países receptores a completar seus programas, e advertiu que a concorrência entre os que oferecem recursos influi negativamente nos países destinatários.
O primeiro-ministro da Dinamarca, Anders Fogh Rasmussen, condicionou as doações de seu país e de outros à introdução de "profundas reformas políticas e econômicas' por parte dos palestinos.
- Na Dinamarca, devemos informar aos que pagam impostos, e às instituições legislativas e fiscalizadoras sobre o destino das doações oferecidas pelo país, disse o chefe do Governo dinamarquês.
Rasmussen afirmou que é preciso ter certeza de que as doações estão sendo usadas de forma eficiente, acrescentando que, caso não exista controle suficiente, o país suspenderá as remessas.