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Empresas estão preparadas para competir, diz Skaf

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SÃO PAULO, 18 de maio de 2007 - O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, comentou hoje a declaração do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, sobre a possibilidade de algumas empresas "morrerem" com a desvalorização do dólar. "As empresas que não estão preparadas para competir no mercado internacional e que não promoverem a renovação tecnológica vão sofrer com a desvalorização do câmbio, entretanto, nosso parque industrial está muito preparado para competir no mercado mundial", disse.

Segundo Skaf, o problema das empresas brasileiras "está da porta para fora". "Temos sérios problemas de logística, que dificultam as vendas da indústria. Atualmente, nós gastamos o dobro do que seria necessário desembolsar para o transporte de mercadorias", disse, revelando que o custo da logística no Brasil responde por 12% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional.

O empresário também falou sobre a concorrência desleal com os produtos chineses. "Temos de ficar atentos com a competitividade chinesa, já que de lá saem produtos a preço de centavos devido a mão-de-obra barata e ainda itens pirateados. É preciso criar instrumentos de defesa para evitar esses tipos de problemas e valorizar nossos produtos no mercado", afirmou.

Skaf destacou que há um "estoque de problemas represados" por anos para serem discutidos com o governo. No entanto, ele acredita que não há porque criar polêmica sobre o governo ajudar alguns setores, ao em vez de outros, já que todos os segmentos da indústria emprega pessoas e gera renda. "É obvio que há uma pressa para encontrar saídas, mas estamos articulando com o governo, empresários e outras entidades soluções para aumentar a competitividade da indústria nacional", disse.

O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) finaliza dando um recado: "Câmbio baixo é ruim, mas é óbvio que se os juros fossem menores [referindo-se a Selic] reduziria a entrada de dólar... O excesso de divisa estrangeira no País aumenta a possibilidade de importação".

(Vanessa Stecanella - InvestNews)