"A economia vai bem, de um lado, e é preocupante, de outro. Porque o câmbio, quando desfavorece as exportações, traz resultados difíceis para as empresas, especialmente aquelas que trabalham com exportações de produtos com maior valor agregado", disse. E acrescentou que o câmbio flutuante "está correto, o que não está correto é a taxa básica de juros".
Segundo Alencar, a taxa "é muito alta e tem que ser de padrão internacional, porque o Brasil não é um país inferior, é superior e as condições exigem que os juros urgentemente caiam a um padrão internacional". Ele argumentou: "Se você pegar a média de 40 países que também adotam juros como instrumento de política monetária, a taxa básica real é de 2% e alguns trabalham com taxa negativa".
O vice-presidente, que compareceu ao lançamento de livro sobre a vida de Pedro Aleixo, no Salão Nobre da Câmara, disse ainda que mesmo se a taxa de juros fosse negativa, não faltariam recursos para financiar a dívida.
"Gastamos muito com a rubrica dos juros que rolam a dívida. O equilíbrio orçamentário fica prejudicado, porque o déficit que ainda resta é grande. O que está errado é a taxa de juros e é preciso corrigir o que está errado", afirmou.
Ministro da Educação entre janeiro e julho de 1966, o mineiro Pedro Aleixo foi eleito, pelo Congresso, vice-presidente da República na chapa do general Costa e Silva. Quando este se afastou da Presidência por motivos de saúde em 1969, porém, Aleixo teve a sua posse vetada pelo alto comando militar, que decidiu que o governo passaria ao controle de uma junta militar provisória. Ele morreu em Belo Horizonte, em 1975.
As informações são da Agência Brasil.
(Redação - InvestNews)