A divulgação que mais influenciou o movimento na BM&F, nesta terça, foi a do índice que mede a inflação ao consumidor norte-americano (CPI), que subiu 0,6% em março, variação em linha com a expectativa dos agentes. A leitura do núcleo, que exclui da conta os preços de energia e alimentos, sendo, portanto, menos volátil, apontou alta de 0,1% no mês passado, menor taxa do ano e inferior à previsão de 0,2%. Com a inflação pressionando menos a economia norte-americana, caem as expectativas de um ajuste na taxa básica de juros dos Estados Unidos - possibilidade levantada pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) na ata de sua última reunião.
´Os contratos de juros mais longos são muito influenciados pelo risco. E como a inflação, na percepção de risco do mercado americano, já preocupa menos, os contratos reagiram apresentando queda´, observa o gerente de renda fixa do Banco Prósper, Carlos Cintra.
Hoje, o Comitê de Política Monetária (Copom) iniciou sua reunião bimestral para definir o rumo da taxa básica de juros, atualmente em 12,75% ao ano. A expectativa do mercado é de que o colegiado promova uma redução de 0,25 ponto percentual na taxa Selic. ´Se vier algo diferente de 0,25 (ponto percentual) vai pegar o mercado de surpresa. Nos contratos de curto prazo esse ajuste já está precificado´, afirma Cintra.
Hoje o DI com vencimento em maio de 2007 apontou juro anual de 12,43%, ante 12,44% do ajuste de ontem. Já o contrato para julho de 2007 fechou com taxa de 12,29%, ante 12,27% de segunda-feira, enquanto o vencimento de outubro de 2007 teve taxa de 12,07%, frente 12,06% do ajuste anterior.
(Tatiana Freitas - InvestNews)