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Terceirização de empresas esvazia a indústria

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RIO, 21 de março de 2007 - A terceirização de empresas esvaziou a indústria e aumentou a participação dos serviços na economia. A migração de divisas do parque fabril para os serviços, o avanço das telecomunicações e as mudanças no cálculo das contas nacionais fizeram a importância do setor saltar de 54,1% para 64% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2005. Pelo novo cálculo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os serviços chegaram a responder por 67,7% da economia, em 2000.

"Em busca de mais produtividade e eficiência, a indústria deu início a um processo de terceirização de serviços nos últimos anos que naturalmente fez com que parte das divisas fosse quantificada no setor de serviços e não mais na indústria", afirmou o presidente do IBGE, Eduardo Nunes.

A indústria perdeu importância com as novidades expostas pelas empresas no novo cálculo. Também perdeu peso em razão do avanço dos serviços, o mesmo caso da agropecuária. O setor industrial, que respondia por 38% do PIB em 2005, passou a representar 30% da economia. E a participação da agropecuária, na mesma linha, minguou de 8% para 5,6%.

A atualização de pesos reflete principalmente atualização da base de cálculo. Até a mudança, o IBGE usava o censo de 1985 atualizado a partir de pesquisas mensais. Com a elaboração de pesquisas anuais de cada setor, em 2000, o IBGE pôde incluir no cálculo informações de empresas que antes não eram informantes. Dados do Imposto de Renda também passaram a integrar cálculo.

Independemente da atualização de pesos, o setor de serviços vêm crescendo ano a ano desde o início da década. Ganhou mais impulso com as novas informações, com taxaas bem mais elevadas que as conhecidas até então. Em 2004, pela nova conta, o setor avançou 5%, mais que os já elevados 3,3% de expansão registrados pela antiga metodologia. Em 2005, a taxa velha era de 2% e a nova, de 3,4%.

(Sabrina Lorenzi - InvestNews)