"Em busca de mais produtividade e eficiência, a indústria deu início a um processo de terceirização de serviços nos últimos anos que naturalmente fez com que parte das divisas fosse quantificada no setor de serviços e não mais na indústria", afirmou o presidente do IBGE, Eduardo Nunes.
A indústria perdeu importância com as novidades expostas pelas empresas no novo cálculo. Também perdeu peso em razão do avanço dos serviços, o mesmo caso da agropecuária. O setor industrial, que respondia por 38% do PIB em 2005, passou a representar 30% da economia. E a participação da agropecuária, na mesma linha, minguou de 8% para 5,6%.
A atualização de pesos reflete principalmente atualização da base de cálculo. Até a mudança, o IBGE usava o censo de 1985 atualizado a partir de pesquisas mensais. Com a elaboração de pesquisas anuais de cada setor, em 2000, o IBGE pôde incluir no cálculo informações de empresas que antes não eram informantes. Dados do Imposto de Renda também passaram a integrar cálculo.
Independemente da atualização de pesos, o setor de serviços vêm crescendo ano a ano desde o início da década. Ganhou mais impulso com as novas informações, com taxaas bem mais elevadas que as conhecidas até então. Em 2004, pela nova conta, o setor avançou 5%, mais que os já elevados 3,3% de expansão registrados pela antiga metodologia. Em 2005, a taxa velha era de 2% e a nova, de 3,4%.
(Sabrina Lorenzi - InvestNews)