"Esse é o quarto recorde do ano e pelo segundo pregão consecutivo estamos dissociados de Wall Street. É uma alta nossa, uma alta interna", destaca Décio Pecequilo, operador da Geração Futuro Corretora de Valores. A alta no preço do petróleo e a instabilidade política no Irã, que insiste em manter seu programa nuclear, retiveram o movimento de compra em Nova York, que registrou a segunda sessão de queda.
Na avaliação de Pecequilo, a valorização do mercado está apoiada nas análises e comentários divulgados desde o início do ano por grandes bancos e corretoras internacionais a respeito de como a bolsa segue atraente para compra, como as empresas tendem a registrar aumento no lucro - algo entre 20% e 24% - e como os fundamentos do País seguem bons.
"Acredito que o mercado esteja firme e deva continuar evoluindo. Devemos registrar o quinto ano consecutivo de alta na Bovespa", conclui, lembrando que depois de dois recordes seguidos seria natural que o mercado passasse por um ajuste.
Sustentando o movimento de alta, as ações da Petrobras (PETR4) avançaram 1,69%, para R$ 45,05. E os papéis da Vale (VALE5) ganharam 1,0%, para R$ 66,04 - durante o pregão o papel foi negociado a R$ 67,50, alta de 3,24%. Na ponta oposta, a Usiminas (USIM5) caiu 1,97%, para R$ 94,59.
Bom desempenho também para os papéis da Eletrobrás (ELET6) e Telemig (TMCP4), que avançaram 3,74% e 3,57% para R$ 46,81 e R$ 4,35, respectivamente. Forte alta para a construtora Cyrela (CYRE3), que subiu 4,08%, para R$ 21,65.
Mais duas empresas entraram com pedido de registro de oferta pública de ações junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM): a Agra Empreendimentos Imobiliários e a Bematech Indústria e Comércio de Equipamentos Eletrônicos. Com mais essas duas requisições sobe para 18 o número de empresas que pretendem realizar oferta de ações.
(Eduardo Campos - InvestNews)