O cenário extremamente favorável, com a estabilidade dos juros nos EUA e queda no ritmo de corte da Selic, atrativo aos movimentos de arbitragem, aliado à mudança na perspectiva do rating soberano pela agência de classificação de risco Fitch empurram as cotações da moeda cada vez mais para baixo. A agência colocou a nota do Brasil em perspectiva positiva e indicou a rápida melhora das contas externas do País, aumentando as chances de upgrade.
O baixo nível do risco-Brasil referendava o otimismo dos agentes estrangeiros com os ativos locais. Há pouco, a taxa cedia para 178 pontos - patamar histórico.
Para analistas, sem uma atuação mais firme do Banco Central (BC) e/ou remessas mais fortes de recursos ao exterior, não há como o dólar reverter tendência de queda. No ano, a moeda já perde 2,6%. Com os leilões do BC, as reversas internacionais subiram para acima de US$ 92 bilhões.
(Simone e Silva Bernardino - InvestNews)