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Itaú tem lucro de R$ 7,7 bi no 2º trimestre, alta de 17,4% em um ano, com crescimento nas margens

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Por ECONOMIA JB com Agência Estado
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Publicado em 09/08/2022 às 07:14

Alterado em 09/08/2022 às 07:15

A margem financeira gerencial do Itaú, que reflete o ganho do banco com operações que rendem juros, chegou a R$ 22,638 bilhões no segundo trimestre do ano foto: Reuters/Pilar Olivares

Matheus Piovesana - O Itaú Unibanco fechou o segundo trimestre deste ano com lucro líquido gerencial de R$ 7,679 bilhões, uma alta de 17,4% em relação ao mesmo período do ano passado, em resultado puxado pelo aumento das receitas com crédito e com serviços, que mais que compensaram o salto no custo de crédito. Na comparação trimestral, o lucro do Itaú subiu 4,3%, de acordo com balanço publicado nesta segunda-feira (8).

A margem financeira gerencial do Itaú, que reflete o ganho do banco com operações que rendem juros, chegou a R$ 22,638 bilhões no segundo trimestre do ano, avanço de 20,5% em base anual diante do forte crescimento da margem com clientes, que vem avançando diante do crescimento do spread (diferença entre custo de captação e os juros cobrados dos clientes).

A margem com clientes foi de R$ 21,988 bilhões, alta de 30,9% em termos anuais, devido ao maior volume de crédito e da maior participação no mix de produtos como o cartão financiado e o crediário. Também houve impacto das taxas de juros sobre o capital de giro próprio, que o Itaú contabiliza junto com a margem com clientes.

O spread foi de 8,4%, 0,5 ponto porcentual acima do registrado no trimestre anterior.

Já a margem com mercado, que reflete o resultado da tesouraria do banco, repetiu a tendência vista nos resultados do Santander Brasil e do Bradesco, mas apenas parcialmente. A tesouraria do Itaú teve resultado positivo em R$ 650 milhões, queda de 67,4% em um ano e de 35,5% em um trimestre, enquanto os rivais tiveram perdas.

O Itaú afirma que, no trimestre, houve menor ganho com a estratégia de trading no Brasil. As tesourarias dos três maiores bancos privados do País foram impactadas, no segundo trimestre, pela volatilidade do mercado e pelo aumento da taxa Selic.

As receitas do Itaú com serviços, por sua vez, subiram 8,3% em um ano, para R$ 10,499 bilhões, puxadas pelos cartões de crédito, que registraram crescimento de 19,2% na mesma base de comparação, para R$ 3,649 bilhões. Incluídos os resultados de seguros, o crescimento anual foi de 11,2%.

A carteira de crédito do conglomerado, que inclui a operação brasileira e as de outros países da América Latina, encerrou o período em R$ 1,084 trilhão, um aumento de 19,3% em 12 meses, e de 5% em três. Os maiores impulsos vieram do crédito a pessoas físicas e a pequenas e médias empresas, que cresceram 29,8%.

 

Ativos e rentabilidade

No trimestre encerrado em junho, os ativos totais do Itaú chegaram a R$ 2,294 trilhões, um aumento de 10,9% em termos anuais, e de 5,1% em um trimestre. Segundo o banco, o crescimento veio principalmente do avanço da carteira de crédito e também da compra de uma participação na XP Inc, concretizada em abril para cumprir o acordo original entre o banco e a corretora, de 2017.

O patrimônio líquido do Itaú, por sua vez, foi de R$ 150,639 bilhões, alta de 10,7% em 12 meses. Com isso, o retorno sobre o patrimônio líquido (ROE, na sigla em inglês) recorrente da instituição foi de 20,8%, um aumento de 1,9 ponto porcentual em um ano, e de 0,4 p.p. em três meses.

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