O problema fez o ministério convocar em formato de videoconferência membros da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustível (ANP) e da Petrobras para que uma solução seja encontrada.

Segundo dados que constam na declaração de produtores e distribuidores de diesel apresentada à ANP, citada pelo jornal Valor Econômico, o estoque de diesel S10, comercializado nos postos de combustíveis brasileiros, seria capaz de garantir o suprimento do mercado nacional por menos de 20 dias se fosse interrompida a produção interna do derivado e suspensa a importação nessa sexta (27).

A informação levou o Ministério de Minas e Energia a convocar representantes da ANP e da Petrobras para discutir formas de contornar o problema.

Dados apresentados pelo setor, coletadas no último dia 20, indicam que o estoque de diesel no país era de 1,729 milhão de metros cúbicos (m³) no dia 18 deste mês. Tal volume seria capaz de atender o mercado interno por 19,6 dias, considerando a média de venda das distribuidoras em 2021.

Somado a isso, os importadores diminuíram o ritmo de compra no exterior devido ao congelamento do preço do diesel vendido pela Petrobras, que torna a venda do derivado pouco ou não atrativa comercialmente.

Uma solução apontada pelo mercado e mencionada pelo presidente da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), Sergio Araujo, seria além de aplicar a paridade de preço internacional, a estatal deveria fazer uma declaração sobre a expectativa de entrega de diesel por polo de suprimento até o final do ano.

Tal ação garantiria maior previsibilidade aos distribuidores e importadores que poderiam começar a programar novas compras de volumes, segundo Araujo. (com agência Sputnik Brasil)