A Petrobras concluiu, juntamente com a empresa chinesa CNPC e suas afiliadas, o estudo de viabilidade econômica relativo à finalização da construção do Comperj. O resultado demonstrou que a finalização da construção da refinaria não apresenta atratividade econômica.
Em consonância com os acordos celebrados, os projetos relacionados à parceria estratégica, que também compreendia a participação de 20% da CNPC no cluster de Marlim (concessões de Marlim, Voador, Marlim Sul e Marlim Leste), foram encerrados sem a efetivação do negócio.
Dessa maneira, o Conselho de Administração da Petrobras aprovou o início de providências para cancelamento do projeto, e solicitou um levantamento de alternativas para a área do Comperj, localizado em Itaboraí, no Rio de Janeiro. Dentre as alternativas, a petroleira estuda a integração da Refinaria Duque de Caxias (Reduc) com algumas unidades hibernadas do Comperj para a produção de lubrificantes básicos e combustíveis de alta qualidade a partir de produtos intermediários da Reduc, que seriam enviados para processamento no Comperj por meio de dutos.
O estudo ainda inclui a possibilidade de construção de uma termelétrica, em parceria com outros investidores, utilizando gás natural do pré-sal.
Rota 3 mantida
Está mantida a implantação do Projeto Integrado Rota 3, que abrange o gasoduto de processamento de gás natural (UPGN) e o conjunto de utilidades necessárias para sua operação, que permitirá o escoamento de 21 milhões de metros cúbicos por dia de gás do pré-sal a partir de 2021.
Os projetos em estudo estão em linha com o Plano Estratégico 2020-2024, que visa atuar de forma competitiva nas atividades de refino e gás, e sua efetiva implementação dependerá da conclusão dos estudos de viabilidade.
A Petrobras e a CNPC seguirão buscando novas oportunidades de negócios conjuntos, fortalecendo o laço iniciado em 2013, com a parceria na área de Libra, seguido da aquisição, em 2017, do Bloco de Peroba (juntamente com a BP), e recentemente, do direito de exploração e produção do volume excedente ao Contrato de Cessão de Cessão Onerosa do campo de Búzios.
A decisão da companhia está alinhada à permanente otimização do portfólio e à melhora de alocação do capital da Petrobras, visando à maximização de valor para seus acionistas.