(Reuters) - Os mercados de ações da Europa fecharam em queda nesta sexta-feira, sob pressão de papéis de empresas de saúde e mídia, mas cravaram ganhos pela terceira semana consecutiva, por sinais de que os grandes bancos centrais do mundo estão à beira de outra rodada de ações para apoiar o crescimento.
Operadores disseram que muitos investidores ficaram tentados a embolsar lucros depois de os mercados acumularem alta de cerca de 4% neste mês. A pausa nas compras foi encorajada pela escalada das tensões entre Washington e Teerã.
O índice pan-europeu STOXX 600 caiu 0,4% nesta sessão. O índice FTSEurofirst 300 fechou em queda de 0,43%, a 1.515 pontos.
A sexta-feira foi marcada ainda pelo chamado "triple witching" no mercado --vencimentos no mesmo dia de contratos de opção, de contratos futuros de índice e de contratos de opção de índice--, o que por vezes gera volatilidade nas negociações.
O começo do pregão foi negativo para fabricantes de chips, depois de a britânica IQE Plc fazer alerta de receita menor do que a esperada para 2019, conforme os efeitos das sanções dos EUA contra a chinesa Huawei Technologies se espalham pela cadeia de fornecimento global da indústria.
O índice de tecnologia caiu 0,4%, entre as maiores quedas dos índices setoriais.
Leituras de PMIs na Alemanha e na França até superaram expectativas, mas não a ponto de desfazer o cenário de que o Banco Central Europeu (BCE) precisar agir em breve para apoiar o crescimento na região.
"O setor manufatureiro da Alemanha continua em profunda contração, e as perspectivas econômicas globais não são ótimas, então talvez ainda seja um pouco cedo para o otimismo", disse Craig Erlam, analista sênior de mercado da Oanda.
Em LONDRES, o índice Financial Times recuou 0,23%, a 7.407 pontos.
Em FRANKFURT, o índice DAX caiu 0,13%, a 12.339 pontos.
Em PARIS, o índice CAC-40 perdeu 0,13%, a 5.528 pontos.
Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve valorização de 0,13%, a 21.388 pontos.
Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou alta de 0,2%, a 9.227 pontos.
Em LISBOA, o índice PSI20 valorizou-se 0,58%, a 5.126 pontos.
(Por Medha Singh e Susan Mathew)