
O dólar teve nesta sexta-feira a queda mais intensa ante o real em quase duas semanas, fechando no menor patamar desde o começo do mês, o que fez a moeda praticamente zerar a alta acumulada no período. Já o real teve o melhor desempenho global nesta sessão.
A reviravolta começou na semana passada, conforme o mercado se apegou ao tom favorável do Congresso à reforma da Previdência. Com isso, investidores reduziram posições negativas na taxa de câmbio doméstica, enquanto no exterior o dólar se ajustou para baixo conforme o acirramento da guerra comercial fortaleceu especulações de corte de juros pelo Federal Reserve.
Nesta sexta-feira, a cotação fechou em baixa de 1,37%, a 3,9244 reais na venda. É a maior queda percentual diária desde 21 de maio (-1,39%) e o menor patamar desde 1º de maio (3,9227 reais).
Na semana, o dólar acumulou desvalorização de 2,28% --a segunda seguida de baixa e a mais intensa desde o recuo de 2,91% registrado na semana finda em 1º de fevereiro.
Em maio, a moeda norte-americana ficou praticamente estável, com variação positiva de 0,04%. No pior momento do mês, o dólar chegou a acumular ganho de 4,64%.
Mesmo que tímida, a alta do dólar em maio representou o quarto mês seguido de valorização, período em que a divisa acumulou ganho de 7,26%.