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Dólar fecha longe das mínimas do dia no aguardo de novidades na cena política

Moeda fechou em 4,0402 reais

Reuters/Dado Ruvic -
A alta do dólar não se deveu apenas ao mercado interno, marcado pelo anúncio de Haddad. A moeda norte-americana subiu em todo o planeta após a inflação ao produtor nos Estados Unidos ter ficado acima do previsto em novembro
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O dólar ameaçou engatar o segundo dia de queda, flertando com os 4,00 reais, mas a falta de novidades positivas na cena doméstica e renovadas tensões comerciais no exterior fizeram a moeda recobrar parte do fôlego, fechando apenas em leve queda.

A ausência de um tom mais "dovish" da parte do Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano) também desestimulou a continuação de venda de dólar.

O dólar à vista caiu 0,19%, a 4,0402 reais na venda.

No piso da sessão, o dólar marcou 4,0075 reais (-1%).

Na B3, a taxa do contrato de dólar futuro de maior liquidez subia 0,10%, a 4,0475 reais.

Na véspera, o dólar à vista havia perdido 1,39%, maior depreciação diária desde o fim de janeiro passado.

"Ainda acho que o mercado vai testar a compra de dólares de novo. E ficarei feliz em vender nos picos de alta", disse o chefe da mesa proprietária de um banco em São Paulo.

Ainda assim, ele reduziu posições vendidas em dólar, com a moeda norte-americana a alguma distância das máximas recentes.

O dólar está 1,57% abaixo do pico em oito meses alcançado na segunda-feira, de 4,1048 reais.

Além dos ruídos domésticos, analistas têm destacado que o componente externo tem mantido o real sob intensa pressão.

A desvalorização do real se acelerou recentemente conforme o iuan chinês se aproximou da marca de 7 por dólar, nas mínimas desde o fim do ano passado. O Morgan Stanley considera que a divisa chinesa se tornou um termômetro de percepção de risco.

Sobre o real, o efeito se dá via comércio, especialmente porque a China é o principal destino das exportações do Brasil. Os impactos sobre a taxa de câmbio brasileira são piorados, uma vez que o real é uma das mais líquidas moedas emergentes.

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dpolar | queda