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Dólar tem maior queda em duas semanas ante real com alívio em cenário interno

A moeda americana fechou ontem em alta

Reuters/Dado Ruvic -
A alta do dólar não se deveu apenas ao mercado interno, marcado pelo anúncio de Haddad. A moeda norte-americana subiu em todo o planeta após a inflação ao produtor nos Estados Unidos ter ficado acima do previsto em novembro
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O dólar quebrava uma sequência de quatro altas e caía ante o real nesta terça-feira, na maior queda em cerca de duas semanas, influenciado pela melhora de humor em relação à cena local, em dia positivo também no exterior.

A moeda norte-americana operava abaixo de 4,10 reais, depois de na véspera saltar para a casa de 4,12 reais, nos maiores níveis em oito meses.

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Dólar (Foto: REUTERS/Dado Ruvic)

Às 12h24, o dólar à vista caía 0,91%, a 4,0670 reais.

Na B3, o dólar futuro cedia 0,95%, para 4,0705 reais.

O mercado reagia nesta sessão a sinais mais conciliatórios por parte tanto de membros do governo quanto do Congresso.

Na véspera, essas mensagens já tinham sido enviadas, mas tinham maior peso maior sobre o câmbio apenas nesta sessão, já que o dólar fracassou em superar novas resistências técnicas, o que deflagrou realização de lucros.

Na segunda-feira, o presidente da República, Jair Bolsonaro, aliviou o tom ao dizer que valoriza o Parlamento e que os deputados e senadores terão a palavra final sobre o texto da reforma da Previdência.

"Um cenário de não reforma não existe. E o mercado está vendo uma sinalização clara das forças --e do Congresso-- de que a reforma precisa ser aprovada", disse Flávio Serrano, economista-chefe do Haitong Brazil.

O Banco Central vendeu nesta terça-feira todos os 5.050 contratos de swap cambial ofertados em rolagem e realiza ainda operação de rolagem de linhas de dólares com compromisso de recompra.

(Por José de Castro)

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